OS MEMES DE HADDAD, A CONDENAÇÃO DE LUCIANO HANG, O DESABAFO DE ELON MUSK E A MORTE DA ALEGRIA

Como assuntos, aparentemente tão díspares, se conectam?  Num país em que o cerceamento institucional virou norma; o cancelamento virtual, rotina; a existência do diferente, questão judicial, não causa estranheza que o brasileiro está desaprendendo a sorrir. Em nome de um alegado respeito à diversidade, qualquer palavra ou atitude pode se tornar uma afronta para uma geração vitimista, que com tudo se ofende e, em qualquer piada, enxerga sofrimento e desconsideração.

 Criada num ambiente controlado, em que por nada disputa e por nada precisa lutar, esta geração não tem objetivos de vida, aliás não sabe sequer para que vive. Como não consegue ordenar e hierarquizar as prioridades em sua vida, esconde-se da própria inutilidade fiscalizando a vida alheia e fazendo-se de justiceiro. Para este grupo, o ambiente virtual vem a calhar, pois é deste mundinho fechado à realidade que ele decide o destino de quem não se curva à sua loucura; portanto, merece pauladas. Uma geração sem coluna vertebral, que se deixa sugar por militantes que passam o tempo tentando justificar sua insignificância bostejando falsas virtudes, julgando o que pode e o que não pode ser dito, controlando até o que pode ser pensado. Como precisam da aprovação constante de seus pares e por estarem absolutamente imunes à letra da lei, tornam-se, a cada “LIKE”,  mais ferinos e luciferianos. E, se confrontados, a geração dos floquinhos de neve corre para as instituições, como agiram contra o empresário LUCIANO Hang, que então se encarregam de oficializar a opressão.

Quem escreve, se comunica, empreende neste país está sob risco permanente de ser crucificado, destruído, se seu discurso não se enquadrar dentro dos ditames do que esta turma considera correto. Na verdade, porém, é que esta claque quer é não só controlar nossa fala. Quer  também quer controlar  o nosso pensamento  e promover  a implantação de ideologias nefastas que vão contra à humanidade como sempre a conhecemos e como ela foi concebida para ser. Não foi sem surpresa que nesta semana, ELON MUSK , numa entrevista ao psicólogo Jordan Peterson, declara que irá lutar sem tréguas para combater o transgenerismo, ideologia que lhe arrancou filho. Diversas pessoas, arrependidas da transição, declaram o quanto são abandonados pelo “coletivo” quando demonstram arrependimento. Só são objetos de interesse desses grupos quando estão vulneráveis. Nessa hora, encontram acolhimento de “organizações” que facilitam todo tipo de tratamento. Mas, se o transicionado resolver sair da tribo, será abandonado sem dó. Tolerância só com a panelinha.

Em andanças por aí, deparei-me com o filme sobre a vida de Mussum, personagem do grupo Os Trapalhões. Fiquei pensando em como esse humor escrachado, sem amarras, seria possível num mundo encharcado de fiscalizadores sociais. Lembrei-me também do Casseta e Planeta e de como seus atores sobreviveriam aos justiceiros de hoje. Certamente estariam amordaçados E os personagens de Chico Anísio? Em que cela da Papuda estariam cumprindo pena?

Calar a voz de pessoas é impedir o exercício de um direito natural, e o que esta patrulha ideológica quer é justamente explorar as diferenças naturais entre as pessoas para jogá-las umas contra as outras. E o politicamente correto é a maior ferramenta de controle social e de modificação da sociedade como a conhecemos até aqui. Não há nada mais destruidor da inteligência do que a censura do que se pode ou não dizer, pois, com o pensamento aprisionado, muitos preferem emudecer a ter que enfrentar uma horda de enfurecidos.

Assim, não acontece o enfretamento a essas insanidades por pura falta de capacidade de argumentação, que é formada justamente no debate de ideias.  Preferem, então, calar-se e não se comprometer, desconhecendo que calar a voz de pessoas é impedir o exercício de um direito natural, por isso mesmo previsto no artigo 5º da Constituição, embora, se bem me lembro, o último exemplar foi dado a Bolsonaro pela Rosa Weber.   Melhor, então, emudecer a ponto de se desaprender para que servem as palavras. A televisão brasileira fez um trabalho incansável para deixar o povo brasileiro cego e sonso, incapaz de atinar sobre os acontecimentos.  Associados a isso, a permissão institucional para “porte” de drogas, o financiamento para qualquer libertinagem se encarregam de manter essas mentes já manipuladas ainda mais controladas.

Às vezes, surge um respiro de sanidade, e o espírito curativo do humor brasileiro ressurge, tentando tirar da desgraça um pouco de alegria. Rir de si mesmo, usar o humor para catarse ou como arma contra toda sorte de corrupção e injustiça que o país enfrenta pode ser um caminho para enfrentarmos essas ideologias malignas. Talvez, nessa pequena reação com os MEMES DO HADDAD ainda haja uma centelha da fibra de um povo que conseguia rir da própria desgraça. Em nome da sanidade, é preciso resgatar o riso, a gargalhada, a galhofa. Isso era o Brasil que foi sequestrado por bandos de ressentidos que acham que vão salvar o mundo fazendo justiçamentos de dentro do próprio quarto.

 E o que aconteceu ontem com o Emílio Zurita, obrigado a retratar-se, pela empresa, por algo que não fez, nos mostra o caminho: nunca ajoelhar-se diante dessas idiotices, usar as palavras corretas para descrever a realidade dos fatos deve ser a nossa resposta. É um dever das pessoas ainda com sanidade iluminar os incautos e apoiar todos os guerreiros culturais que ainda não foram abatidos. Como diz Cristián Iturralde “combater e derrotar esses bárbaros é um privilégio e uma responsabilidade que todo homem de bem deve assumir”.

Professora Thais Corazza

contato@profthaiscorazza.com

Professora de Português, fundadora do Movimento Conservador de Tapera, palestrante sobre temas educacionais, comportamentais, políticos e opinadora sobre temas contemporâneos.

Posts recentes: